Amantes por vingança Capitulo 17

Capítulo 17







No dia seguinte, a luz do amanhecer que se infiltrava pelas janelas do quarto, acordou Maria. Tentou se mover para levantar, mas um forte braço a cercava e não permitiu. Era Estevão que a tinha presa.

- Aonde pensava escapar, senhora condessa? – perguntou Estevão. Ele sempre estava alerta a qualquer movimento dela. Não iria escapar dele nunca mais.

Ela sorriu.

 - Não ia escapar querido. Só queria ver a aurora.

- Bem, está bem – Estevão a soltou e ela se levantou.

Que bela vista – disse Estevão para si mesmo, enquanto a observava caminhar totalmente nua.

As nádegas de Maria eram dois montes cheios e muito bem torneados. Como desejava acariciá-los e...

Deus, que pensamentos – se repreendeu Estevão, então olhou para sua virilha e o viu em pé. Tinha uma ereção realmente dolorosa, só por vê-la. Sua deusa. Seu carinho.

Essa mulher o deixava louco.

Maria, na varanda, observava o amanhecer. Sempre tinha gostado de ver o pôr do sol no campo e o som que emitiam os pássaros há essa hora.  Não sabia como chamar a emoção que sentia. Talvez fosse apenas paz.

Quando era criança, sua mãe e ela, na primavera, iam para casa de campo de seu pai e ela teria gostado de ficar lá pra sempre. Gostava do campo muito mais que da cidade.

- Não sabia que você gostava tanto de contemplar a manhã, nunca te vi fazendo isso em Londres – disse Estevão atrás dela enquanto lambia sua orelha.

Ela fechou olhos, saboreando a sensação de estar sendo seduzida pelo homem que amava.

- Bem... Só gosto de ver no campo. Não sei, sinto algo muito especial. Em Londres não sinto o mesmo. Confesso que prefiro o campo, tudo é tão calmo, tão verde... – Estevão apertou as pontas de seus peitos por cima da fina bata que ela tinha posto antes de sair e ela gemeu – Estevão, alguém pode nos ver lá embaixo. É melhor entrarmos.

Ele riu e a virou. Maria abriu a boca chocada quando o viu totalmente nu.

- Estevão entra! Você está nu e... Excitado – gaguejou a última palavra quando seu olhar verde-cinza pousou em sua enorme masculinidade.

A ereção de Estevão se inchou ainda mais pela análise dela.

- Não quero que o olhe, carinho. Quero que o acolha dentro de você – pediu ele olhando-a com os olhos verdes carregados de desejo.

Ela assentiu com a cabeça igual uma tonta, olhando ainda pra lá. E pensar que uma vez teve medo daquela parte tão poderosa de Estevão. Ela riu. Foi no dia que ele havia tentado pela segunda vez, fazer amor com ela. Ela ia se calar sobre sua virgindade, mas quando viu que aquilo era tão grande, se acovardou e teve que dizer a verdade.

- Mas que seja lá dentro. Aqui fora, como eu disse, alguém pode nos ver... – respondeu ela voltando ao presente.

- Aqui fora Maria – a contradisse baixinho – Eu quero fazer amor ilicitamente na minha varanda... – lambeu seu pescoço e ela estremeceu – Ao ar livre. Sob a luz do amanhecer. – Estevão atacou sua boca.

Ela fez um gemido de protesto. Não podiam fazer naquele lugar – se dizia em sua mente. Então, por que diabos o abraçava pelo pescoço e jogava eroticamente com sua língua enquanto ele a beijava? Então, por que deixou que ele lhe tirasse a bata, pegasse suas coxas e a sentara nua no muro da varanda? Deus, o desejava, essa era a explicação.

Maria abriu as pernas, convidando Estevão descaradamente para que lhe desse prazer.

- Você é minha deusa – disse ele e beijou suavemente o pescoço.

- Não volte a me dizer isso – pediu ela secamente.

- Por que não? Se você é minha deusa.

- Você falava assim para aquela mulher.

- Não falava isso – ele negou, sincero – Maria você não percebe que não sou tão romântico assim. Se às vezes não consigo dizer coisas bonitas e, a você, que te amo. Muito menos diria a ela... Que era sua substituta.

- O que você quer dizer com isso?

Ele ficou calado um momento, depois confessou:

- Só tinha outras amantes por que não podia ter você. Antes de te conhecer não era tão libertino. Sim tinha amantes, mas não tantas. Depois de negarem meu pedido para me casar contigo, me deitava com qualquer mulher que estivesse disponível. Acho que esperava que uma delas apagasse da minha cabeça a imagem da primeira vez que te vi andar – ele sorriu nostálgico – Você caminhava movendo os quadris de uma forma que me fez ter pensamentos pecaminosos contigo. Quando te vi, me disse que você ia ser minha em todos os sentidos, mas eu não pude dar...

- Estevão, sinto muito – sussurrou Maria doída, depois acariciou com ternura o espesso cabelo escuro que chegava até o pescoço – Eu queria que me pai tivesse te dado permissão para que você se casasse comigo.

- Talvez você não tivesse gostado de mim para marido.

- Você é bonito, Estevão. Acho que eu teria ficado fascinada pela sua proposta de casamento.

Ele sorriu. O coração dela se derreteu ao ver aquele sorriso.

- Então estamos de acordo que você é minha deusa.

- Se você que me chamar assim, eu não tenho nenhum problema...

Estevão se ajoelhou. Ela olhou pra ele tremendo de desejo. Sabia o que ele ia fazer.

- Então, agora é hora do escravo adorar sua deusa – disse e começou a beijar com veneração a doce pele de sua feminilidade.

Ela apertou suas mãos no parapeito, sentindo que ia cair, mas sabia que não cairia porque as mãos de Estevão estavam cravadas em sua cintura.

- Você gosta? – perguntou ele e ela sentiu a vibração de sua voz em seu interior.

- Sim – respondeu ela em meio a um gemido vindo do fundo de sua garganta.

- Agora, quero sentir você explodir, carinho.

Continuou beijando-a. Cada carícia dos lábios masculinos provocava em Maria um mar de sensações em seu interior. Estevão percebeu quando ela chegou ao pico do orgasmo porque ficou rígida e praticamente anestesiada. Ele se levantou acariciou suas bochechas coradas.

- Você é... Perfeita – disse Estevão, depois a abraçou. Ela apoiou a cabeça no peito musculoso dele – Me prometa que não vai mais escapar do meu lado nunca mais.

- Eu prometo – sussurrou ela.

Ficaram um tempo abraçados, até que Estevão inclinou a cabeça e começou a lamber as pontas rosadas dos seus peitos. Ela gemeu e agarrou sua cabeça para mantê-lo ali. Agora Estevão começava a amamentar-se dela. Sugava seus seios com ansiedade, com devoção.

Estevão agarrou os quadris de Maria, a penetrou em um só golpe e começou a balançar seu corpo circularmente para exercer o controle do ato sexual. Ela jogou a cabeça pra trás gritando forte, olhou o céu azul da manhã. Seus olhos marejaram. A sensação de estar sendo possuída, na varanda, dessa forma tão primitiva, era simplesmente alucinante. Sentiu Estevão entrar e sair mais rápido. Ele agarrou suas nádegas e começou a amassar uma com uma mão.

- Amor meu, você é incrível – gritou ela, sem se importar que talvez a casa toda a escutaria. Então, se perdeu na neblina do prazer.

Havia alcançado o orgasmo.





Maria abriu os olhos e se viu deitada na imensa cama do quarto. Nesse momento, Estevão beijava seu ventre ainda liso, com ternura.

- Acordou – disse ele acariciando seu cabelo – Dava um beijo em nosso filho.

- Parece que depois de tudo eu não caí da varanda – brincou ela.

- Tinha medo de cair? – perguntou ele preocupado.

- Não. Você não teria permitido.

- Diga-me a verdade. Sim tinha medo?

Ela olhou seus olhos verdes cheios de arrependimento.

- Não, não tinha – acariciou seu rosto – Foi realmente fascinante fazer ali, querido. Me senti nas alturas.


- Eu prometo que não voltarei a te possuir na minha varanda – ele se levantou e caminhou até a porta.

- Como que não fará novamente? – reclamou ela e acrescentou rindo maliciosamente – Estevão, isso é algo que devemos repetir. Me senti tão livre. Você sempre faz coisas que me deixam com a boca aberta.

- Então, ainda pensa que eu estou demente?

Ele lembrou que uma vez tinha lhe dito que ele estava demente. Sorriu. Que cega tinha sido! O homem não estava louco, só estava com ciúmes, e com razão, porque ele a amava e ela, estúpida, fazia planos para causar ciúmes em Geraldo. Ele, seguramente, tinha ficado frustrado porque a atenção que ela dedicava ao outra, ele ansiava para si.

- Não. Só estava com ciúmes. Por isso, às vezes você fazia coisas estranhas. Agora que eu lembro: você me dizia coisas que me feriam e depois me olhava como se quisesse me consolar. Eu não sabia interpretar os teus olhares. Você é muito bom disfarçando o que sente. Se não tivesse me dito que estava apaixonado por mim, eu nunca teria me dado conta.

Estevão se aproximou dela e a beijou.

- Fui um covarde. Tinha medo de dizer por que não pensava que você sentisse o mesmo.

De repente, uma lembrança veio à mente dela.

- Sim, estava com ciúmes nesse dia – afirmou e ele a olhou confuso.

- De que dia você está falando?

- Acabo que me lembrar que um dia te disse que você nem sonhasse que eu estivesse com ciúmes de você. E sim Estevão, eu estava com ciúmes, porque quando fui te procurar no Palácio das Cortesãs, Fabíola me disse que nos três dias que você esteve ausente, você tinha estado com ela. Eu te machuquei com o que eu disse, amor... Perdoe-me... Agora entendo por que depois você se trancou na biblioteca e bebeu daquela maneira.

- Tá, tudo bem – ele a abraçou – Então, você já estava começando a gostar de me mim... Como não percebi.

- Sim, bem, embora eu ache que antes disse eu já começava a gostar de você... Acho que desde a primeira vez que você me acariciou senti algo por você, mas não me dei conta.

Ele lhe deu um beijo na testa, depois se levantou.

- Vou buscar seu café da manhã. Você tem que se alimentar bem pelo nosso bebê.

Maria o viu sair e abraçou uma almofada. Estevão era maravilhoso. Foram feitos um para o outro. Como puderam perder três anos? Tudo culpa de seu pai. Bem, ele tinha tido seu castigo, sua carreira política foi afetada pelo discurso dela há dias e talvez, nesse momento, estivesse sendo investigado pelo encarregado do caso do atentado que Estevão sofreu.

Estevão, momentos depois, voltava com o café da manhã e lhe dava de comer na cama. Quando terminaram o desjejum, Estevão a levou ao banheiro e a colocou na banheira de madeira e a banhou com tanta ternura, como quando havia feita na noite que ela perdeu a virgindade.



Ao meio-dia, Estevão se desculpou dizendo que tinha que sair para fazer algo importante, Maria ficou na sala de jantar, comendo.

- Meu senhor me disse que já sabe da verdade – disse Nancy, que nesse momento entrava no recinto.

- Sim Nancy, eu já sei – respondeu Maria e fez sinal para que ela se sentasse. Nancy se sentou em uma cadeira ao lado dela.

- Só quero saber uma coisa. A senhorita de verdade corresponde ao seu amor? Olhe, se a senhorita não o ama é melhor que se afaste e não lhe cause mais dano.

- Sim, eu correspondo ao seu amor, Nancy. Há muito tempo.

- Fico contente de ouvir isso – respondeu a mulher rindo de felicidade – Todos os dias eu pedia a Deus que a senhorita se apaixonasse por ele. O coitado já sofreu muito pela senhorita e já merecia ter um pouquinho de felicidade – Sabe? No dia em a viu pela primeira vez ele chegou em casa muito contente. Eu perguntei o que ele tinha, porque estranhei vê-lo as... Ele, em geral, é muito sério. Então, ele me respondeu que estava feliz por que tinha visto a mulher que seria sua esposa.

- De verdade?

- Sim. Eu nunca o tinha visto assim por nenhuma mulher... Você o fascinou.

- Quanto dano eu lhe causei por minha estupidez Nancy – disse Maria com pesar.

- Não se preocupe senhorita. Eu sei que se desde o começo soubesse que ele estava apaixonado por você, não o teria utilizado.

- Você sabia do acordo?

A mulher assentiu.

- Fiquei sabendo quando fui reclamar a ele sobre sua presença na casa... Eu não entendia como ele a queria só como amante... Se a senhorita era decente, além disso, ele a amava. Então ele me contou sobre o acordo que tinham.

- Não sabe o quanto me arrependo desse acordo.

- Pense dessa forma, senhorita: nunca teria sabido de nada, se não tivesse ido à casa do senhor fazer aquele acordo.

- Tem razão. Ainda viveria na ignorância.

Nesse momento, a governanta entrou na sala de jantar com uma caixa e a entregou a Maria. Ela a abriu e ficou sem palavras. Dentro, havia um vestido de noiva.

- Meu Deus, é lindo – disse Maria tirando-o da caixa – Mas quem trouxe?

- O senhor que traz a correspondência, senhorita – respondeu a governanta – Disse que veio enviado de Londres por encomenda do senhor.

Maria fechou os olhos sentindo-se feliz.

- Eu o amo Nancy.

A mulher sorriu.

- Ele também a ama.

Maria pegou nas mãos da mulher.

- Não sei se Estevão te disse que eu estou grávida.

Nancy levou as mãos à boca.

- Oh meu Deus, terão uma criatura – umas lágrimas saíram dos olhos de Nancy – Imagino que ele deve estar louco de felicidade pelo bebê.

- Sim, sempre fica acariciando meu ventre.

Nancy se levantou e a abraçou.

- Obrigada por fazer o senhor finalmente feliz, senhorita. Obrigada.

- Ele também me faz feliz, Nancy. Muito feliz.

Continua...

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