Amantes por vingança Capitulo 18

Capitulo 18










Dois dias depois, Maria e Estevão se casavam no imenso jardim da casa em frente a um sacerdote.

- Senhora condessa, por favor, seu dedo – disse Estevão e colocou a aliança.

Ele vestia um elegante terno preto com gravata branca. Ela, o longo vestido de noiva que ficou bastante justo, por que tinha começado a ganhar peso com a gravidez.

Quando a cerimônia acabou, explodiram gritos de “vitória” dos convidados. Estavam todos os trabalhadores da casa e Nancy. Maria lamentou que sua mãe não estivesse naquele dia, mas não queria cometer uma imprudência dizendo que iria se casar naquele dia, talvez seu pai ficasse sabendo e tentasse impedir o casamento.

- Outro sonho feito realidade: você já é minha condessa.

Maria sorriu e o beijou. Jogaram língua com língua, até que ela disse que tinha ver como estava a comida na cozinha, pois tinham que servir os convidados.

Estevão a seguiu e a agarrou pelo braço.

-Condessa, primeiro permita-me mostrar-lhe algo.

- O que, esposo? – ela perguntou com um sorriso.

Ele a guiou até os estábulos da casa. Ali viu que havia um cavalo encilhado.

- Suba – ordenou Estevão.

Ela não era uma boa amazona, além do mais estava grávida.

- Não Estevão, melhor não.

- Não posso acreditar que tenha medo deste cavalo manso, se dias atrás cavalgava em uma garanhão mais selvagem.

Não passou despercebido por Maria a conotação sexual e corou.

- Estevão, você é incorrigível – protestou ela rindo, logo disse séria – Se lembre que eu estou grávida.

- Eu juro que irei devagar, por isso escolhi o animal mais manso. Bom se você preferir posso ordenar que nos preparem uma carruagem.

Ela concordou. Ele deu ordens aos seus empregados e em minutos a carruagem estava pronta.

- Aonde vamos? – perguntou Maria quando ambos estavam dentro da carruagem.

- Não posso te dizer – respondeu ele guiando os cavalos.





- Está anoitecendo, Estevão – disse Maria olhando a luz do sol se esconder.

Estavam há mais de duas horas nessa carruagem. Ela temia que talvez estivessem perdidos naquele imenso bosque que tinham se metido.

- Lembre-se que a noite é a melhor aliada dos amantes – disse ele dedicando-lhe um olhar cheio de promessas sexuais.

Hummm já estava ficando impaciente pra chegar nesse lugar – se disse Maria enquanto sentia a pérola de seu sexo vibrar de expectação.



Mais tarde, chegaram ao lugar.

Era um manancial, que ao final tinha uma cascata que caía com força desde lá de cima.

- Tire a roupa – sussurrou Estevão a Maria. Ela obedeceu.

Quando estavam dentro e nus, com neblina ao redor, Maria grudou no pescoço de Estevão.

- Não sei nadar – confessou ela, envergonhada.

- Não se preocupe – disse ele e depois a levou para um local onde podiam tocar o chão e lhe ensinou como deveria mexer as pernas.

Ela moveu o corpo e tentou fazer o que Estevão tinha lhe ensinado.

- Parece que eu sou péssima pra isso.

Ele se posicionou atrás dela. Ela sentiu seu membro duro como uma rocha roçando suas nádegas. Gemeu, sentindo que seu triângulo reclamava de ansiedade.

- Vou continuar de ensinando – lambeu sua orelha – Confio em você... Foi uma excelente aluna no manual sexual que te dei, e neste de nadar, sei que também será excelente.

Ela encostou suas nádegas a ele, para provocá-lo.

- Acho que faltaram algumas lições do primeiro manual, senhor conde.

- Quem te falou sobre...?

- Ninguém me falou disso, querido. Há dias tenho sentido desejo ali também e deduzi que também podia...

- Não. Você é decente. Jamais te humilharei te possuindo dessa forma. Melhor você me dar um beijo.

Ele a beijou. Os lábios quentes dela se misturaram com os dele. Ele a pegou pela cintura. Depois, a tirou da água. Ela o abraçou com as pernas e continuou beijando-o. Estevão foi por um caminhozinho de pedra até detrás da cascata e entrou em uma caverna.

Maria sentiu que Estevão a deitou em uma elegante cama de cortinas brancas. Ela não podia acreditar no que via. Aquela caverna parecia uma casa. Tinha elegantes tapetes no chão. Chaminé. Um sofá. Uma mesa de cabeceira. Um espelho de corpo inteira de frente pra cama. Uma pequena mesa de jantar. As paredes de pedra pintadas de branco. Tinha até um banheiro!

- A quem pertence isso?

Estevão se deitou sobre ela.

- Meu pai – limpou a garganta – O antigo conde, ele construiu pra minha mãe. Depois, eu o redecorei e trazia a...

Ela sabia que ele ia falar de suas antigas conquistas, mas não se incomodou. Agora Estevão pertencia a ela e a nenhuma outra mais.

Sentiu que um dedo de Estevão fazia fricção dentro dela e se arqueou. Ele, depois, se acomodou sobre ela.

- Quero esclarecer que estaremos aqui vários dias... – a penetrou. Ela cravou a cabeça na cama – E não usaremos roupa – voltou a entrar nela – Estaremos aqui nus com Adão e Eva no paraíso.

Ela gemeu e sussurrou:

- E qual seria o fruto proibido, querido?

- Este – Estevão baixou seu corpo e quando sua cabeça se amoldou ao terno lugar entre as coxas, saboreou o fruto proibido.

Ela gritou e olhou para o espelho que estava de frente pra cama. Se sentiu mais excitada ao ver sua cara corada de prazer, enquanto Estevão mantinha sua cabeça morena entre suas pernas.

Estevão dobrou seus joelhos na cama e se ajeitou outra vez para penetrá-la. A penetrou só duas vezes e caiu sobre ela pelo esmagador orgasmo. Ela também explodiu ao mesmo tempo dele.

Estevão levantou-se da cama e caminhou até um mostruário onde havia champanhe. Fez um brinde sozinho, por que ela não podia beber, depois voltou para cama. Ela o abraçou e passou sua longa perna pelo quadril de Estevão. Estevão começou a acariciar uma nádega.

- São muito lindas.

- Também te pertencem, como meu corpo todo – disse ela outra vez provocando-o.

- Que tentadora você é, mas já sabe o que eu penso a respeito disso.

Ela o acariciou, depois o sonho a venceu.



Na madrugada, chovia brutalmente e havia raios e trovões. Gritou. Estevão imediatamente a aconchegou com o edredom até o pescoço.

- Eu estou com você Maria – ele a abraçou. Ela se sentiu protegida nos braços de seu marido e dormiu entrelaçada a ele, debaixo do edredom.

Os dias seguintes viveram como nômades. Sempre andavam nus, planejando um novo lugar para fazer amor.

Pela manhã, banhavam-se no manancial. Às vezes, à tarde, improvisavam um leito com folhas de árvores e faziam amor. À noite, novamente banhavam-se no rio e ali também faziam. Outro lugar encontrado pelos amantes foi uma pequena colina onde faziam debaixo do manto branco da lua.
Vários dias mais tarde, os condes Sanromhan voltavam para Londres numa manhã de sol. Nancy ia com eles na carruagem. Estava com os olhos fechados, mas Estevão suspeitava que ela só fingia dormir para não incomodá-los.

- Sentirei falta do campo – comentou Maria nostálgica enquanto apoiava a cabeça no peito de seu marido.

- Te levarei sempre que quiser, carinho – respondeu Estevão.

- Obrigada amor – disse acariciando seu rosto – Foi uma viagem maravilhosa.

- Fico feliz que você tenha se divertido... Bastante – Estevão disse de propósito para que ela se lembrasse de tudo o que tinham feito.

Ela corou. Estevão tinha conseguido o que pretendia, vieram à mente de Maria todas e cada uma das suas entregas mais quentes. Desde que tinham se casado e ele a tinha levado aquele lugar dos sonhos, não tinham parado. Lembrou-se de como ele a havia surpreendido quando a subiu em um dos cavalos que haviam levado e lá em cima lhe deu prazer que ela chorou de satisfação. Também lembrou de que um dia ela quis surpreendê-lo e subiu em uma árvore para encorajá-lo a fazer lá em cima, mas Estevão quando a viu ficou pálido e disse-lhe bruscamente que descesse. Como ela, por teimosia, o ignorou, ele subiu e tentou descê-la, mas ela o beijou e só isso bastou para que Estevão a montara em seu colo e a possuísse uma e outra vez até que ela gritou e arranhou suas costas na conclusão do ato. Logo, ficaram sobre um grosso galho, abraçados, com seus corpos suados.

- Nunca mais faça isso – Estevão a tinha repreendido – Não sabe o susto que me deu ao te ver aqui. E se você tivesse caído?

- Eu só queria te surpreender – Maria tinha se defendido – Não tem porque gritar comigo.

Ele bufou.

- Desculpe-me Maria, mas se algo acontecesse com você... Eu... Bem... Você sabe que é o que eu mais amo.

Com essa confissão, Maria já tinha eliminado o incômodo e o tinha beijado, em seguida, repetiram seu ato de amor na árvore.

Maria voltou à realidade quando ouviu um jovem que vendia jornal gritando uma noticia sobre seu pai.

“Extra, extra, o marquês Withcam, noite passada colocou uma arma em sua boca e tentou o suicídio”.

- Oh não, meu pai – sussurrou Maria afetada – Tenho que vê-lo Estevão. Leve-me à sua casa.

- Maria, acalme-se. Tudo vai ficar bem – Estevão a consolou – Harry dirija-se a mansão Withcam – ordenou Estevão ao cocheiro.

- Se meu pai fez isso é culpa minha. Eu destruí sua carreira política... Eu...

- Como assim você destruiu sua carreira política?

- Quando eu soube que ele estava envolvido com seu ataque, eu fiquei furiosa, então no jantar do meu suposto noivado com Geraldo, eu disse a todos o que ele tinha feito com você... Estevão leve-me a casa de meu pai, por favor.

- Você fez o que?

- O que acabo de dizer.

- Mas desmascarou seu pai e o mequetrefe somente pelo que tinham me feito.

- Por que te surpreende? Eu te amo.

Ele olhou para a janela.

- Ainda não acredita no meu amor, Estevão? Depois de eu ter dito mil vezes, depois de ter me casado com você, depois de ter te dado meu corpo. Responda?

- Acho que você me ama – sussurrou Estevão encolhendo os ombros.

- Como que “acha”?

Continua...

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